terça-feira, 20 de setembro de 2011

Possível Crise?

Primeiro de tudo, queria me desculpar pela falta de postagens no blog. Não sei se será possível voltar a um ritmo forte, mas nós não iremos abandonar o blog.

Basta estar minimamente atento às novidades que fica muito fácil perceber que algo diferente está acontecendo. O heavy metal está passando por um período turbulento. A quantidade de trocas de formação, até em bandas consideradas estáveis, é supreendente. Desde o rompimento do Rhapsody of Fire em dois (Luca Turilli e Alex Staropoli, músicos extremamente egocêtricos, mas amigos de eras, finalmente separados), passando pela saída de duas partes da alma do Stratovarius (Timo Tolkki, há alguns anos, e Jörg Michael, bem recentemente) chegando até a saída de Portnoy do Dream Theater (que o blog acompanhou em postagens anteriores) que terminou em um processo judicial e também a saída de KK Downing do Judas Priest.

Pra início de conversa, alguém já imaginou o Mike fora do Dream? Tudo bem, ele saiu por um motivo compreensível, mas quem diria que ele chegaria ao ponto de PROCESSAR os seus amigos de mais de 25 ANOS? Eu não quero me prolongar muito neste assunto, ele da margem a polêmicas demais e não leva a lugar algum, mas este é o caso que melhor representa o que eu quero dizer: Algo está errado.

O número de mortes recentes é algo que chama a atenção, também. Num período muito curto de tempo, morreram pelo menos três pessoas que eram pelo menos relevantes na cena headbanger: The Rev (Avenged Sevenfold), Paul Gray (Slipknot) e Ronnie James DIO.

Outra coisa que eu percebi, excluindo supergrupos e bandas de ex-membros de bandas famosas, quase nenhuma banda criada na decáda de 2000-2010 conseguiu chegar em algum lugar que preste. As últimas bandas que conseguiram ganhar algum status foram criadas no final da década de 90, como o Children of Bodom, o Trivium, o Slipknot, o System of a Down, o Machine Head ou o Nightwish. Notaram alguma semelhança entre todas essas bandas? São todas consideras pelos "true" headbangers como bandas poser.

A falta de bandas novas que alcancem um status bom é um problema que muitas pessoas não perceberam, nem as gravadoras, o que é pior. O renascimento de alguns clássicos encobriu parcialmente este problema, e as gravadoras preferem investir o seu precioso dinheiro em algo que elas tem certeza que o público irá gostar. As bandas recentes que adquirem algum status, salvo raras exceções, são todas supergrupos ou bandas de ex-membros de bandas famosas. Bons exemplos disso são o Chickefoot e o Adrenaline Mob. Poucas bandas inteiramente novas apareceram e nenhuma delas é capaz de algum dia dar os rumos ao metal. Algum dos leitores acha que o All Shall Perish tem alguma chance de ser o novo Metallica? Ou o Epica se consagrar como o novo Iron Maiden? Talvez o Bullet for my Valentine, o Parkway Drive, o As I Lay Dying e o Bring me the Horizon irão formar o Big 4? Dragonforce como o novo Dream Theater?

O Heavy Metal precisa de inovação, o Metalcore repetitivo já chegou ao limite e o Death Metal Melódico agora ficou tão leve quanto o Helloween com o Michael Kiske. Algo novo precisa ser criado, e isso não pode ocorrer se mais atenção não for dada para novas bandas. As gravadoras devem desviar um pouco, e apenas um pouco, a atenção das grandes bandas para dar atenção à próxima geração do heavy metal, já que estes parecem mais propensos a morrer ou se matarem em processos judiciais do que contribuir para a evolução do metal.

Um comentário:

  1. Poha concordo Plenamente!





    esse Blog e mto bom inclusive os temas abordados!

    ResponderExcluir